domingo, 4 de maio de 2014

20 anos da morte de Ayrton Senna

São Lourenço esteve presente em seu velório

A única foto que eu tenho do jornal Folha de São Paulo

Fazer uma matéria em primeira pessoa é algo dificílimo. Mas fui encorajado por alguns amigos a fazer a matéria da morte do piloto de Fórmula -1 Ayrton Senna, a narrar o que encontrei em São Paulo, quando seu corpo chegou ao Aeroporto de Cumbica. No caminho para lá era possível ver uma grande aglomeração se formando nas margens da rodovia. Estava começando a tomar forma a despedida ao maior piloto de todos os tempos.
Quando o carro dos bombeiros saiu para tomar as ruas de São Paulo e ir para o local do velório, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, fui testemunha da maior manifestação de todos os tempos. Parecia que um irmão, um pai, um amigo do peito havia falecido. E essa comoção não foi sentida por mim somente. Foi sentida por toda a nação brasileira.
Não havia essa de que a mídia fez o Senna. O Senna se fez pelo seu jeito diferente de ser. Era profissional, mas solícito. Tinha amigos na Fórmula-1 e seu companheiro Gerhard Berger era o maior exemplo disso. Pouca gente sabe, mas lutava pela segurança dele e de seus companheiros na categoria.
Aquela corrida de encher os olhos e dele ganhar a atenção do mundo correndo em um Coloni, ultrapassando tudo e a todos até ser parado por Jean-Marie Ballestre que interrompeu a corrida para que Senna não passasse o seu rival das pistas, Alan Prost. Aquela corrida foi o estopim para que se falasse ao Brasil e o mundo que nascia um grande herói.
Senna encantava a todos pela modéstia e pelo profissionalismo. E por ter despertado no brasileiro o real significado do "Ame a terra em que nasceste", o famoso "sentimento nativista."
Em 1994 trabalhava na Rádio Estância AM/FM. Me lembro de um dos patrocinadores. João Vitor Gorgulho da Casa Gorgulho na época. O celular havia chegado a São Paulo no dia 1º de maio de 1994. E mal sabia que iríamos usar aquele aparelho que na época era um luxo, lembrava o tijorola, que três ou qautro emissoras usavam: Uma delas era a rádio Estância de São Lourenço. No dia quatro de maio de 1994, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo entraávamos para a história da cidade de São Lourenço como a primeira trasmissão feita por um aparelho recém instalado em SP.
Naquele dia, em 1994 encurtava-se a distância. Durante a transmissão não precisei usar gravador (de fita cassete claro). Bastava fazer o contato com  a pessoa e ver que os olhos de todos brilhavam quando viam, que iriam dar entrevista em um celular: Foi assim com Romeu Tuma, Leonel Brizola, Itamar Franco, Rubens Barrichello, Emerson Fittipaldi, Bernie Ecclestone, Marcelo Resende e tantas outras pessoas que entrevistamos naquele dia em SP.
No dia quatro de maio estivemos em São Paulo. Em um evento triste, mas que marcou uma época para a cidade de São Lourenço. E que me marcou profundamente, pois vi de perto aquele capacete verde e amarelo em cima do ataúde que carregava o corpo do piloto Ayrton Senna. Um dia de muita tristeza. Um dia em que vi muita gente chorar.     





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