terça-feira, 3 de setembro de 2013

Saae amplia serviço de drenagem urbana

Obra do SAAE para contenção do excesso de água nas bacias de São Lourenço

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Lourenço, desde que assumiu a responsabilidade sobre a drenagem urbana, vem atuando na resolução pontual dos problemas relacionados ao escoamento das águas pluviais. Com a criação de um departamento específico para cuidar desse caso, está, atualmente, ampliando os serviços. Projetos já estão sendo elaborados para resolver definitivamente o problema de algumas bacias da cidade.
É grande a reclamação sobre as condições dos calçamentos das ruas da cidade. Várias são as causas. As principais delas são o tipo de solo, a falta de preparo correto de seus leitos, como falta de compactação e uso de material de má qualidade. Mas uma das causas, sem dúvida, é a falta de drenagem das águas pluviais. De acordo com a equipe técnica do SAAE, em muitos locais, para ficar um serviço bem feito, é preciso refazer todo o trabalho, começando do zero.
No caso da drenagem pluvial, até para começar do zero está sendo complicado. Segundo o engenheiro Sebastião Oliveira Junqueira Neto, responsável pelo setor de drenagem, o mais difícil, para resolver o problema, é saber o que já existe debaixo da terra. “Não temos um projeto de drenagem, que nos mostre as redes e as galerias existentes no subsolo”, disse Sebastião. O engenheiro Hemerson Jader Cunha, responsável pelo setor de saneamento, corrobora com o colega: “Tanto as redes de esgoto, quanto as pluviais, mais antigas, estão em locais incertos e em níveis de profundidade diferentes. Como vamos saber onde e em que estado de conservação estão? Só se começarmos a abrir buracos em todos os lugares... O ideal seria fazer um estudo de concepção e elaborar um projeto básico”, completou Hemerson. 
Ainda segundo os técnicos do SAAE, a situação é grave e tende a piorar, principalmente nas partes baixas. Enquanto não se consegue fazer um estudo completo e atacar todo o problema, o que demandaria enorme quantidade de recursos financeiros, o serviço está sendo feito por partes. Os bairros Solar dos Lagos e Jardim Serrano, que têm os maiores problemas, serão os primeiros a receberem as obras necessárias de drenagem das águas das chuvas. “Está sendo feito o levantamento das causas e das conseqüências, bem como um planejamento das ações necessárias para resolver esses problemas”, afirmou Sebastião. Segundo ele, “é importante analisar a realidade de cada local, projetar e fazer um trabalho profissional”. Hemerson disse, também, que o que está sendo feito agora teria que ter sido feito na época em que foram criados os loteamentos. “Muitos problemas poderiam ter sido evitados se, na entrega dos loteamentos, a prefeitura tivesse exigido a infraestrutura completa, com redes adequadas para a condução do esgoto e o escoamento das águas pluviais, bem como o uso de materiais de boa qualidade nos calçamentos”, afirmou o engenheiro.
De acordo com o presidente da Autarquia, Deusdete dos Santos, o problema é bastante amplo e demanda tempo e muito dinheiro. “A situação é mais grave do que parece. Para ser resolvida, precisamos de um Plano Diretor de Drenagem Urbana e projetos específicos para cada bacia e principalmente, um grande volume de recursos financeiros”, afirmou o presidente. E completou: “Se vai haver mais despesas, precisaremos aumentar as receitas, através dos usuários ou de recursos federais e estaduais”.
O prefeito Zé Neto confirma a extensão do problema e declara que o que precisa ser feito será feito e bem feito. Só que, devido à complexidade, irá demorar. “Estamos trabalhando para resolver um problema que já existe há muito tempo e que, ao longo de mais de seis décadas, nenhuma providência foi tomada no sentido de resolvê-lo”, disse o prefeito. E continuou: “o SAAE já resolveu problemas pontuais, como na rua Santo Elói e num trecho próximo ao Córrego da Miguela, no São Lourenço Velho, e agora passa a trabalhar por bacias”. “Será um trabalho demorado, mas com projeto e acompanhamento de profissionais especializados, bem como o uso de materiais de boa qualidade”, completou Zé Neto.

 Parte da obra já está com as manilhas compradas

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